Como a pétala recebendo as primeiras
gotinhas de orvalho,
Rasgando o seu sorriso para as bolinhas dos
raios solares,
Tinha que se abrir este coração, e de mim
amor borbulhar.
Como o monte do deserto cansado de estar
sozinhamente,
Suplicando um pingo e meio de chuva pasmada,
Tinha que se mordiscar em declarações, esta
paixão fervorosa!
Como um charco desesperado que se estende ao
meio da rua,
Torturando-se a ver se recebe as míseras
metades de micróbios,
Tinha que se acolher esta doença que se
chama amor!
Mas, o meu amor tá sendo cacimba, aquela
chuva preguiçosa,
Que não se sabe se vai evaporando, ou caindo
em vagares,
Sei, não, Madalena, se me vais amando, ou desamando aos bocados.
Sei apenas, meu amor não é nem pétala, nem monte do deserto,
Mas um charco desesperado, não no meio da
rua, mas nos teus braços,
Agatinhando-se em colher pedaços rotos de teu coração, teu AMOR.
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