Engoles bocejos de elogios
À mulher durante meses sem
conta
Como se a gravidez fosse só
dela
Não tens ventre, não mereces
Aquela palavra de apreço
Durante 9 meses, não mereces
Os “parabéns, nunca estás
lindo!
Ela, sim! É linda, fofa e
mais.
Tu? Apenas espectador vago,
E as noites? E os soluços?
Tudo isso, na lixeira.
Não me deste o leite vital
Não és o primeiro nome que
chamo
Nem o segundo (mamã, dada)
Só depois papá! Infelizmente
Não és a dádiva nem vida!
És a força, amparo de minha
mãe
Ninguém vê isso, é oco,
vazio!
Noites vendidas na luta
Pelo bago que acalenta o
estômago
E tudo isso é nada!
Afinal um pai é nada de
valor
Mas um bravo guerreiro
Um pai é sombra do carinho
Não esfria, não aquece pois,
Ao pai, um filho sim, se
curva!
Sim pai.
ResponderEliminarCurvo-me